Se há lágrimas que cortam as peles lisas do meu pescoço,
são as minhas
Se há lágrimas que esfaqueiam o perfume pálido que uso,
são as minhas
Mas porquê?
Se tudo estava tão bem até agora...
Se tudo estava tão bem até agora...
Porquê mudar, porquê virar o disco agora??
Hoje sinto-me como um vidro feito de cal
Não me toquem...
Não devem...
Não podem...
As faíscas alaranjadas
Os focos prateados e com pequenos fios de ouro
Queimam, matam, sufocam
A bonaca de trapos desfez-se
O azul da tampa amoleceu
E o vermelho das canetas escorregou
Que vem a ser isto?
Qual é a lógica?
Mudou?Não, claro que não
Continuo dura, rígida...
Quanto mais fria melhor!
sábado, setembro 11, 2004
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