quinta-feira, setembro 23, 2004

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Posted by Hello

Quero apaixonar-me

Onde estás?
Quem és?
Onde te posso encontrar?

Este vazio dentro de mim...
Cheira a amargura
Sabe a solidão...

Não te conheço ainda
E já sinto a tua falta...
Chego mesmo a ter dor

O meu corpo quer peso
Quer sentir os teus braços,
As tuas pernas, o teu cabelo
Quer envolver-se em ti...

Ao mesmo tempo que respiro
O ar, que acolhe o teu perfume
Controla os meus pulmões e devora o meu coração
Plena felicidade...

O meu corpo estremece
O calor, o suor
Os beijos, a tua pele...
Tenho de te sentir
Preciso disso para viver

Quero amor, desejo
Quero paixão, loucura
Quero entregar-me a ti
Quero preencher o oco, que em mim não faz sentido
Quero sentir a vida,
Quero-te
Quero-te
Quero viver!
Quero apaixonar-me!


Onde estás?

domingo, setembro 19, 2004


Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo.
Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa.

Sophia de Mello Breyner Andresen,
Coral (1958)


Amor

domingo, setembro 12, 2004


Em memória daqueles que morreram e dos que perderam amigos e familiares no 11 de Setembro de 2001

sábado, setembro 11, 2004

A lição que mais doeu...

Há coisas que não podemos evitar.
Não podemos controlar tudo.
Nem sempre as coisas acontecem como tinhamos previsto...
...pior como tinhamos planeado.
A dor é grande...
eu sei...

Mudou? Porquê?

Se há lágrimas que cortam as peles lisas do meu pescoço,
são as minhas
Se há lágrimas que esfaqueiam o perfume pálido que uso,
são as minhas
Mas porquê?
Se tudo estava tão bem até agora...
Se tudo estava tão bem até agora...

Porquê mudar, porquê virar o disco agora??

Hoje sinto-me como um vidro feito de cal
Não me toquem...
Não devem...
Não podem...
As faíscas alaranjadas
Os focos prateados e com pequenos fios de ouro
Queimam, matam, sufocam
A bonaca de trapos desfez-se
O azul da tampa amoleceu
E o vermelho das canetas escorregou

Que vem a ser isto?
Qual é a lógica?
Mudou?Não, claro que não
Continuo dura, rígida...
Quanto mais fria melhor!

quarta-feira, setembro 08, 2004

Queria...


Queria pôr o meu abraço dourado,
enfeitiçado pelos raios de sol enfastiados,
Junto do teu transparente corpo
de onde há muito tempo foram apartados
*
Queria oferecer-te o escarlate dos meus lábios
O caramelo dos meus olhos
Mostrar toda a pureza do meu corpo
diante dos teus focos
*
Queria conseguir conhecer-te
Queria conseguir decifrar-te
Queria conseguir encantar-te
No entanto só consigo imaginar-te
*
Queria buscar em ti aquele espanto
que põe todo o meu corpo prateado
Queria buscar em ti aquele beijo
que coloca todo o meu coração agitado
*
Enfim…
Queria colorir a lua
como nunca me atrevi
Queria enfeitar as estrelas
como nunca te enfeitei a ti

Eu e Ele

É nos momentos de solidão, que penso nele,
quando estou só
E no silêncio, não ouço nada mais
do que as lágrimas de uma imensa tristeza,
que murmuram o seu nome.

Sinto-me enterrada.
Tudo que é nada,
Parecia-me ser alguma coisa!
Até parece uma piada!

O amor, o desejo, a felicidade,
que no meu pensamento reflectiam,
No dele não passavam de simples
rajadas de vento!

Foi tudo uma ilusão!

Não foi comigo que ele sonhou
Não foi de mim que ele se lembrou
Apenas uns minutos…me desejou

Não é por mim que ele chora
Não é por mim que ele implora
Não é a mim que ele quer…

Mas…
Dentro de mim,
Dentro do meu mundo,
É so a mim que ele tem!





Aqui, longe de ti



Aqui, longe de ti
Sinto como te tornas importante
É notória a tua ausência
Incomoda-me o silêncio da tua voz
Perturba-me o ar sem o teu perfume
Dói-me o corpo por não sentir o teu

Volta
Eu irei ao teu encontro
Volta
Eu estarei a meio do caminho
Esperando teus passos ouvir

Fecho as pálpebras pálidas
como se das asas de um anjo se tratasse
Os meus lábios de veludo rosados e secos
desenham sonhos pelo ar

Bendito é o beijo da tua boca
Bendito é o sorriso da tua face
Bendita é a tua alma fácil de expressar
Bendito é o teu coração fácil de amar

Repito
Volta
Eu irei ao teu encontro
Volta
Eu estarei a meio do caminho
Esperando tua voz ouvir

Talvez novos rios farão de nós
novamente margens opostas
Mas…pelo menos
A Lua voltarei a ver ao teu lado
e o teu corpo abraçar,
tua pele sentir
teus cabelos tocar
e a ti, minha vida,Meu grande amor dar

Tu


Tu és a pessoa que eu amo,
A pessoa a quem todo o meu
amor corresponde
Todos os teus sorrisos
e todas as tuas lágrimas
serão reconfortadas por mim
Os teus lábios,
cujo eu acaricio com os meus
lembram-me a paz
São puros, macios e suaves

Como te amo,
Um simples olhar
ou simplesmente tocar em ti,
É como sentir que os teus lençóis são os meus
e que a tua alma é a minha!

O sorriso da palavra


Por entre a chuva
Os raios de sol procuram a cor
Por entre a noite
A Lua venera o ser
Os números encaixam-se com letras
E fazem a água
O puro da alma,
A chave do cérebro
E a seta do coração
Caíram-me das mãos
A paciência do cancro
E a identidade do X desapareceram
A capela do azul escorregou-me
E agora
O sorriso da palavra enfeitiçou-me



O que fazer?

O que fazer?
Já Eça de Queiroz o dizia…
Não, para quê?
Viver onde o preto se confunde no branco
O amarelo desaparece como vermelho de fogo
Que sensação de enjoo
Que introdução infeliz

Diabos! Infelicidade
Onde vivo, será sempre assim?
Passa pela história do corredor,
Comprido, longo e sem fim
Apenas avistando a luz confinada cor de terra batida…

Sempre, ou talvez nem sempre, desejei azul…
Azul, mar…poderia exprimir-me à vontade
Poderia descer molhadinha por toda aquela gentinha
Porém, não, não me foi permitido
Tenho a cor da laranja ou talvez do diospiro quando muito maduro
E nem por isso me apareceu esta cor sozinha
O cimento veio junto
E agora são de duas cores
E eu que só pedia azul!

Não teve coragem, porquê?
Não entendo…ou entendo! Não, não entendo…
Vá lá… interrompe essa viagem sem fim
Essa viagem que fazes obrigado (ou não)
Não está assim tão longe o azul…tu até já estás no mar!!!!

Confiava em ti para revoltar…
Esta parvóide onde vivemos
Depende…não depende, mas podia ser empurrado por ti
Não voltes as costas
Posso continuar? Isto foi apenas uns parênteses!...









Refugio

Sinto o ar na cara
E só me apetece chorar
Penso em todos os problemas
E só peço paz
Quero estar aqui
Agora e para sempre!

Sinto o vento na cara
E corta-me a pele
Os meus lábios ficam secos
E os meus olhos cheios de água
Quero estar aqui
Aqui sinto segurança
só me apetece chorar…


Conforto

Neste momento eu só queria estar contigo
Porque estou a chorar
E tu não me irias compreender
E isso magoava-me
E eu aprendia
Sofrendo
só me tenho a mim


terça-feira, setembro 07, 2004

O poema de Outubro de 1999

E quando no céu de petalas perfumado
viu a núvem o anjo pálido e rosado
embarcaram nas águas límpidas e salgadas
as vidas felizes que tanto tempo
foram isoladas
*
Não digo não ao sermão
Nem sim às ideias
e agora falando por um "eu"
digo: "eu não tenho medo"
*
Gira e paira a flor do norte
dos ventos celestes nascem os sois
as uvas, o néctar e os cedros
que tanto vão como vêm, sendo
pequenas particulas do meu mundo
*
Mas, nem por isso desespero
águas mais mortíferas passaram
e minha parede de combate não baixou
*
Só com raios de sol
e as gotas cristalinas da chuva
é q consigo ver a riquesa dos meus olhos,
a pobreza dos teus e a piedade dos delas.

segunda-feira, setembro 06, 2004

Hoje foi daqueles dias que não lavei o cabelo!

É verdade, hoje não lavei o cabelo, nem me vesti decentemente. Fiquei em casa como que à espera que me viessem chamar.
Vesti uma t-shirt daquelas bem largas para que não sentisse as formas do meu corpo e umas calças de ganga! Amarrei o cabelo e fui "chocar" para o sofá!
Hoje foi daqueles dias que não tenho vontade de sair de casa...para quê? Fiquei a ver Tv..CANAL1, SIC, TVI, SIC MULHER, MTV... tretas! Nada de jeito...levantei me e vou até à cozinha, dou voltas à dispensa e ao frigorifico e não encontro algo q me apeteça...hoje nada me satisfaz!
Dou por mim...estou à janela, como aquelas donas de casa para lá dos 60 que não têm nada para fazer...olhei os prédios da frente, as casas do lado, a rua e não vejo ninguém! É nestes momentos que parecemos as únicas pessoas à face da terra!
Naquele momento perguntei me o que poderia fazer, porque não me arranjei ou porque não tive vontade de sair? Já alguma vez sentiram isso?
Reflecti e cheguei à conclusão que mesmo não querendo admitir, vivemos em função dos outros. Lembrei me da sensação de ter namorado...não parecia estar sempre a sorrir? Era como se tudo tivesse um objectivo e um futuro claro pela frente.
Assim...não dá!
Vou comprar uma camisola não penso se "ele" vai gostar...e a lingerie??? Para quê tanta treta aquando a compra? Mais vale umas cuecas de gola alta de algodão branco ou cor da pele do que aquelas tangas super sexy pretas, vermelhas, tranparentes....sei lá! Ás vezes é isso mm!! Não tenho vontade de me sentir atraente... Não tenho namorado mas também não quero "pescar" um qq! Não é assim?
Depois...começo a imaginar o ideal...
...inteligente, moreno, giraço, alto,divertido,com sentido de humor,sensivel,romântico e com um sorriso daqueles...
(não era tão mais fácil se os homens se vendessem nas lojas????)
Imagino um passeio na areia da praia, uma luta de almofadas, um jantar romântico, o dia dos namorados, uns beijos gostosos e ai...acorda, acorda...isto não está a acontecer!
Contudo temos de enfrentar a realidade! Nós, mulheres necessitamos de carinho, de amor, de nos sentirmos desejadas e quando isto não acontece, i.e.,quando não temos alma gémea(nem que seja provisória) deparamo-nos a ouvir comentários do género: "...não percebo porque andas sozinha...", "...és esquesita!", "Já tens namorado?"!!!! Que chatice!!!!!
Ah...e quando nos tentamos convencer que não queremos namorado, que desejamos viver aventurosamente, que somos amantes da liberdade! Até parece verdade às vezes, confesso, porém, temos que enfrentar os factos:
NÃO QUEREMOS ESTAR SOZINHAS!

Bem, e amanhã, como será?
Lavarei o cabelo????? :-)